Diário de Maria ( Capitulo III )
Mas aquilo não era vida só passeatas e boa vida, Maria decidiu ir trabalhar para a rádio e contou-me a história desta sua passagem no famoso Mundo do showbis:
Amigos de pouca data eu e o “Pipas” conbersáva-mos um dia sobre o trabalho na rádio, que eu, diga-se de passagem, nem sonhava que existia, e num bai de modas toma lá um rádio Blauckpunt pra’ ta’ doçar a bouca. Lá fui eu trabalhar para a rádio. Quando cheguei já o programa tinha começado há oito anos, mas isso também num interessava nada, tens aqui estes bacanos para contactar e pra’ frente que atrás vem gente. Nessa altura conheci o pessoal, era um povo pacato e honesto (alguns), El Escarrador, o Rei do meu departamento, acompanhado á viola pela “Menina” e por outro bacano que eu vi logo que estava como eu, ou seja, à mercê dos mamões.
Um homem abria a boca e ouvia logo: È Meu!
Num habia clientela para um homem óh menos conbersar, que tristeza. O “Pipas”Senhor e Rei da rádio (e dos transportes aéreos) tinha tudo controlado, quer ao nível das ofertas, quer ao nível da procura.
Certo dia numa reunião ao fim do dia, com todo o departamento e os senhores da rádio, El Escarrador de tão animada que era a reunião ensonado, abriu a boca, bocejou e para nosso espanto quase caiu da cadeira de tanto sono que tinha. Um homem não é de ferro e vai de sacar do lenço, que orgulhosamente trazia no bolço,(não sei como não ficava colado) e catrapum, mais uma cuspidelazita que o lenço até abanava.
Até me esquecia o “Pipas” tinha uma secretária que óh lá lá, cuequinha á mostra, merdelim nas unhas e uma cara linda (Tipo revista da Playboy) para não falar dos cabelos, que de tanto óleo sempre pensei que um dia se incendiassem.
Mas o tempo foi passando e a coisa lá ia, uns dias melhores que outros, com umas discussões pelo meio por causa da clientela, toda a gente me criticava, por ter recebido clientes e blá blá, mas eu percebia lá alguma coisa daquilo, negócios do “Pipas” sei lá?
Depois de algum tempo veio um homem tomar conta do meu departamento, que por sinal tinha saído por causa do “Pipas” e voltou por convite do “Pipas”, coisas do “Pipas”. O Homem era o maior (em todos os aspectos) vai aqui ficar conhecido pelo “Turco”. O “Turco” pôs ordem naquilo e até entrou mais um comichionista, o“Cabeça de Rola”, meínha branca, sandália á Moisés era um fartote cu-cu-rrru, o colega passava-se mas, como eu ia dizendo, o “Turco” pôs ordem naquilo e até criou uma maneira de irmos para a rua, ( no sentido figurado e no desfigurado) a malta avançou para o terreno.
Foi um ano porreiro, com contratos distribuídos a favor dos mais necessitados, (e dos engraxadores) das bubas e dos favores mas, (há sempre um mas, nestes casos) a malta andava insatisfeita, zangada (uns com os outros e outros com alguns), era o jogo das pessoas e lá nisso o “Turco” era perfeito, qual Kasparov ou Karpov, o “Pipas” como regente do departamento e o “Turco” sub-regente era uma alegria, dividir para reinar até quando? Vamos ver!
O “Turco” abusava da pinga e volta que não volta, falava com o Baco, com o “Cabeça de Rola” feito pastor alemão atrás dele, fazendo lembrar os policias á volta do campo, num jogo de futebol da terceira divisão... o “Pipas” ficava fulo, com aquela manifestação de alegria (se fosse hoje tolerância zero).
Mas o “Turco” decidiu pôr a pinga de lado e zás, dieta rigorosa, era uma tristeza saladas e mais saladas águas e mais águas (foi a melhor altura dos meus tempos de rádio). Quando ia-mos para o terreno, o despertar era de madrugada, nunca percebi para quê? Talvez para ver os outros sofrer, ou algum trauma relacionado com a cama, sei lá! Sei, sei que eram oito horas e vinte minutos, estavam aí uns zero graus negativos, e nós dentro do carro em plena Covilhã, a fazer num sei o quê (as empresas só abriam ás nove e trinta, e a reunião mais próxima era ás dez e trinta), e eu ali com o “Cabeça de Rola” e o “Turco” a olhar para o gelo do pára-brisas e a pensar, que alegria que é esta magia da rádio.
Isto de andar no terreno tem que se lhe diga, por exemplo, “El Escarrador” aproveitava para tomar os seus banhos, pois era hábito dizer que se levantava ás nove e quinze para entrar ao serviço ás nove e trinta (para bom entendedor, meia palavra basta) e a roupinha sempre a condizer, gravata verde ás risca, camisa azul ao quadrados, calça castanha e sapatinho preto (com atacadores de ténis, pois os originais tinham-se partido á três anos). Que turma Meu Deus.
Nessa altura já o “Pipas” tinha a família quase toda no departamento, ele era primos, ele era primas era cunhadas enfim a rádio era uma família num sei se topam?
E o “Cabeça de Rola” um berdadeiro ás do bolante. Quando andávamos no terreno, vai de arrancar com o travão de mão puxado, era riscos contínuos, valia tudo, mas pior, pior era o “El Escarrador” que chamava a vinte e cinco tostões no chão, a tampa de um tacho, um dia ali para os lados de Torres Novas, e matando um GNR da Brigada que o mandou parar, os carros travavam a um quilómetro de distância e ele por solidariedade travava também (julguei que estava mais perto, dizia), outra vez foi uma rotunda em sentido contrário e as tangente ás portagens, Meu Deus, era de bradar aos céus aquilo num cabia ali um cabelito. Quando finalmente decidiu por óculos, viu o Mundo com mais alegria e nós suspirámos de alívio.
Mas o “Turco” depois de se ter zangado com a “Menina”, de ter voltado a entrar em contacto com o Baco, de ter saído por causa do “Pipas”, de ter entrado por causa do “Pipas”. Voltou a sair por causa do “Pipas”(levando com ele o seu fiel amigo, cu-cu-rrru – a Rola).
Foi então que El Escarrador foi conbidado para sub-regente (bonito!), ficámos então só três pessoas e o “El Escarrador”, que abdicou da sua clientela a favor da “Menina” e os outros chucharão no dedo. Entrou mais um rapazito que aqui vai ser conhecido por “Cabeça de Vaca”, que por sinal foi uma vítima do “El Escarrador” (e quem num foi?), lá ficámos os quatro eu, a “Menina” o “Rei da Calma” e o “Cabeça de Vaca”. Ainda num falei do “Rei da Calma”, pois não, um rapaz pacato, tendo por norma, que calma e descanso nunca fizeram mal a ninguém.
Homem completamente virado (de costas) para a informática, inimigo público do Bill Gates, que nunca por nunca correria para o fax ou para o telefone pois é preciso ter calma num dar o corpo pela alma.
O “Cabeça de Vaca” por sua vez, rapaz modesto, com uma boa cabeça para o futebol, viu-se ali no meio do campo completamente desamparado, sem que ninguém lhe explicasse nada de nada e ainda por cima com a conexão de ter sido metido pela administração, porra que calvário!
Lá ficaram os três da videírada, e o “El Escarrador” com o seu sistema bancário atrofiado, de contas e mais contas (escrevia tudo o que gastava, num papel, exemplo: jornal 120$00, pastilhas 10$00 etc,) tirava extractos diários,
de manhã e á noite, para melhor controlar as contas e telefonava para os bancos destratando os gerentes e pessoal menor (eu também fui banqueiro, dizia), sempre atento, “El Escarrador” era o terror da banca. E como chefe é chefe, trabalhar era bom para os pretos. Pesavam sobre ele tarefas árduas tais como: Levar e buscar os meninos á escola ( meninos com mais de quinze anos), tratava dos seus assuntos particulares, fazia todas as pontes, escolhia sempre os melhores meses de férias, e de todas a mais difícil, venerava o “Pipas”.
Quando nos deslocávamos para o terreno, aquele aroma delicado dentro do carro era demais (excesso de banhos e perfume), um homem até ficava tonto. E á noite no hotel quem o queria ver era na banheira (complexo da falta de água), atendia-nos á porta do quarto com o seu celipe abandeirado, para nos dizer que não ia jantar (no poupar é que está o ganho), dinheiro! O que é isso? Um dia pediu-me quarenta escudos emprestados para comprar um postal e nunca mais os vi, até pedia o reembolso do iva dos extractos bancários (17$00) e fazia-nos esperar por ele enquanto armava fita ao balcão do banco por causa do dito iva. Falava trinta vezes por dia para a sua honorável esposa e um dia, na ilha de Faro, o“Rei da Calma” a dizer-lhe cuidado com as ondas e ele a dizer “és maluco a água num chega aqui” e zumba veio uma onda, ele de costas ao telefone e molhou-o até ás canelas, foi um fartote “El Escarrador” parecia o “El Mergulhador”, já agora por falar em “El Escarrador” na Nacional cento e vinte e cinco, abriu a janela e zás lá vai caroço para cima de um ciclista, na Ponte 25 de Abril foi para a porta do carro de um senhor (compreendem agora o nome aplicado á figura?).
A uma certa altura saltou-me a tampa, e ouve confusão no departamento ao ponto do “Rei da Calma” se meter no meio de nós, mas ele (“El Escarrador”) impôs-se e disse: Vou chamar o “Pipas” – e lá foi ele, depois veio o “Pipas” e disse: Calma rapazes (como era próprio naquelas alturas, o “Pipas” num gostava de confrontos). O Homem esteve sem falar comigo alguns trezentos anos, trezentos não foi, mas tenho pena.
O sacrificado era o “Cabeça de Vaca” porque a “Menina” era, dos olhos de ouro, agora ele, era de estúpido para cima, depois dizia-lhe “junte-se aos vencedores e nunca aos vencidos” ainda pensei que fosse algum concurso da natação, mas depois é que me lembrei da “alergia” que ele tinha á água. Como podem constatar, reinava o caos e a anarquia naquele departamento. Depois dos convites ainda foi pior (convites de trabalho para outros meios), começou a trabalhar muitos menos, ou seja nada!
E por tudo isto Maria, deixou a rádio e retornou à padaria.
Amigos de pouca data eu e o “Pipas” conbersáva-mos um dia sobre o trabalho na rádio, que eu, diga-se de passagem, nem sonhava que existia, e num bai de modas toma lá um rádio Blauckpunt pra’ ta’ doçar a bouca. Lá fui eu trabalhar para a rádio. Quando cheguei já o programa tinha começado há oito anos, mas isso também num interessava nada, tens aqui estes bacanos para contactar e pra’ frente que atrás vem gente. Nessa altura conheci o pessoal, era um povo pacato e honesto (alguns), El Escarrador, o Rei do meu departamento, acompanhado á viola pela “Menina” e por outro bacano que eu vi logo que estava como eu, ou seja, à mercê dos mamões.
Um homem abria a boca e ouvia logo: È Meu!
Num habia clientela para um homem óh menos conbersar, que tristeza. O “Pipas”Senhor e Rei da rádio (e dos transportes aéreos) tinha tudo controlado, quer ao nível das ofertas, quer ao nível da procura.
Certo dia numa reunião ao fim do dia, com todo o departamento e os senhores da rádio, El Escarrador de tão animada que era a reunião ensonado, abriu a boca, bocejou e para nosso espanto quase caiu da cadeira de tanto sono que tinha. Um homem não é de ferro e vai de sacar do lenço, que orgulhosamente trazia no bolço,(não sei como não ficava colado) e catrapum, mais uma cuspidelazita que o lenço até abanava.
Até me esquecia o “Pipas” tinha uma secretária que óh lá lá, cuequinha á mostra, merdelim nas unhas e uma cara linda (Tipo revista da Playboy) para não falar dos cabelos, que de tanto óleo sempre pensei que um dia se incendiassem.
Mas o tempo foi passando e a coisa lá ia, uns dias melhores que outros, com umas discussões pelo meio por causa da clientela, toda a gente me criticava, por ter recebido clientes e blá blá, mas eu percebia lá alguma coisa daquilo, negócios do “Pipas” sei lá?
Depois de algum tempo veio um homem tomar conta do meu departamento, que por sinal tinha saído por causa do “Pipas” e voltou por convite do “Pipas”, coisas do “Pipas”. O Homem era o maior (em todos os aspectos) vai aqui ficar conhecido pelo “Turco”. O “Turco” pôs ordem naquilo e até entrou mais um comichionista, o“Cabeça de Rola”, meínha branca, sandália á Moisés era um fartote cu-cu-rrru, o colega passava-se mas, como eu ia dizendo, o “Turco” pôs ordem naquilo e até criou uma maneira de irmos para a rua, ( no sentido figurado e no desfigurado) a malta avançou para o terreno.
Foi um ano porreiro, com contratos distribuídos a favor dos mais necessitados, (e dos engraxadores) das bubas e dos favores mas, (há sempre um mas, nestes casos) a malta andava insatisfeita, zangada (uns com os outros e outros com alguns), era o jogo das pessoas e lá nisso o “Turco” era perfeito, qual Kasparov ou Karpov, o “Pipas” como regente do departamento e o “Turco” sub-regente era uma alegria, dividir para reinar até quando? Vamos ver!
O “Turco” abusava da pinga e volta que não volta, falava com o Baco, com o “Cabeça de Rola” feito pastor alemão atrás dele, fazendo lembrar os policias á volta do campo, num jogo de futebol da terceira divisão... o “Pipas” ficava fulo, com aquela manifestação de alegria (se fosse hoje tolerância zero).
Mas o “Turco” decidiu pôr a pinga de lado e zás, dieta rigorosa, era uma tristeza saladas e mais saladas águas e mais águas (foi a melhor altura dos meus tempos de rádio). Quando ia-mos para o terreno, o despertar era de madrugada, nunca percebi para quê? Talvez para ver os outros sofrer, ou algum trauma relacionado com a cama, sei lá! Sei, sei que eram oito horas e vinte minutos, estavam aí uns zero graus negativos, e nós dentro do carro em plena Covilhã, a fazer num sei o quê (as empresas só abriam ás nove e trinta, e a reunião mais próxima era ás dez e trinta), e eu ali com o “Cabeça de Rola” e o “Turco” a olhar para o gelo do pára-brisas e a pensar, que alegria que é esta magia da rádio.
Isto de andar no terreno tem que se lhe diga, por exemplo, “El Escarrador” aproveitava para tomar os seus banhos, pois era hábito dizer que se levantava ás nove e quinze para entrar ao serviço ás nove e trinta (para bom entendedor, meia palavra basta) e a roupinha sempre a condizer, gravata verde ás risca, camisa azul ao quadrados, calça castanha e sapatinho preto (com atacadores de ténis, pois os originais tinham-se partido á três anos). Que turma Meu Deus.
Nessa altura já o “Pipas” tinha a família quase toda no departamento, ele era primos, ele era primas era cunhadas enfim a rádio era uma família num sei se topam?
E o “Cabeça de Rola” um berdadeiro ás do bolante. Quando andávamos no terreno, vai de arrancar com o travão de mão puxado, era riscos contínuos, valia tudo, mas pior, pior era o “El Escarrador” que chamava a vinte e cinco tostões no chão, a tampa de um tacho, um dia ali para os lados de Torres Novas, e matando um GNR da Brigada que o mandou parar, os carros travavam a um quilómetro de distância e ele por solidariedade travava também (julguei que estava mais perto, dizia), outra vez foi uma rotunda em sentido contrário e as tangente ás portagens, Meu Deus, era de bradar aos céus aquilo num cabia ali um cabelito. Quando finalmente decidiu por óculos, viu o Mundo com mais alegria e nós suspirámos de alívio.
Mas o “Turco” depois de se ter zangado com a “Menina”, de ter voltado a entrar em contacto com o Baco, de ter saído por causa do “Pipas”, de ter entrado por causa do “Pipas”. Voltou a sair por causa do “Pipas”(levando com ele o seu fiel amigo, cu-cu-rrru – a Rola).
Foi então que El Escarrador foi conbidado para sub-regente (bonito!), ficámos então só três pessoas e o “El Escarrador”, que abdicou da sua clientela a favor da “Menina” e os outros chucharão no dedo. Entrou mais um rapazito que aqui vai ser conhecido por “Cabeça de Vaca”, que por sinal foi uma vítima do “El Escarrador” (e quem num foi?), lá ficámos os quatro eu, a “Menina” o “Rei da Calma” e o “Cabeça de Vaca”. Ainda num falei do “Rei da Calma”, pois não, um rapaz pacato, tendo por norma, que calma e descanso nunca fizeram mal a ninguém.
Homem completamente virado (de costas) para a informática, inimigo público do Bill Gates, que nunca por nunca correria para o fax ou para o telefone pois é preciso ter calma num dar o corpo pela alma.
O “Cabeça de Vaca” por sua vez, rapaz modesto, com uma boa cabeça para o futebol, viu-se ali no meio do campo completamente desamparado, sem que ninguém lhe explicasse nada de nada e ainda por cima com a conexão de ter sido metido pela administração, porra que calvário!
Lá ficaram os três da videírada, e o “El Escarrador” com o seu sistema bancário atrofiado, de contas e mais contas (escrevia tudo o que gastava, num papel, exemplo: jornal 120$00, pastilhas 10$00 etc,) tirava extractos diários,
de manhã e á noite, para melhor controlar as contas e telefonava para os bancos destratando os gerentes e pessoal menor (eu também fui banqueiro, dizia), sempre atento, “El Escarrador” era o terror da banca. E como chefe é chefe, trabalhar era bom para os pretos. Pesavam sobre ele tarefas árduas tais como: Levar e buscar os meninos á escola ( meninos com mais de quinze anos), tratava dos seus assuntos particulares, fazia todas as pontes, escolhia sempre os melhores meses de férias, e de todas a mais difícil, venerava o “Pipas”.
Quando nos deslocávamos para o terreno, aquele aroma delicado dentro do carro era demais (excesso de banhos e perfume), um homem até ficava tonto. E á noite no hotel quem o queria ver era na banheira (complexo da falta de água), atendia-nos á porta do quarto com o seu celipe abandeirado, para nos dizer que não ia jantar (no poupar é que está o ganho), dinheiro! O que é isso? Um dia pediu-me quarenta escudos emprestados para comprar um postal e nunca mais os vi, até pedia o reembolso do iva dos extractos bancários (17$00) e fazia-nos esperar por ele enquanto armava fita ao balcão do banco por causa do dito iva. Falava trinta vezes por dia para a sua honorável esposa e um dia, na ilha de Faro, o“Rei da Calma” a dizer-lhe cuidado com as ondas e ele a dizer “és maluco a água num chega aqui” e zumba veio uma onda, ele de costas ao telefone e molhou-o até ás canelas, foi um fartote “El Escarrador” parecia o “El Mergulhador”, já agora por falar em “El Escarrador” na Nacional cento e vinte e cinco, abriu a janela e zás lá vai caroço para cima de um ciclista, na Ponte 25 de Abril foi para a porta do carro de um senhor (compreendem agora o nome aplicado á figura?).
A uma certa altura saltou-me a tampa, e ouve confusão no departamento ao ponto do “Rei da Calma” se meter no meio de nós, mas ele (“El Escarrador”) impôs-se e disse: Vou chamar o “Pipas” – e lá foi ele, depois veio o “Pipas” e disse: Calma rapazes (como era próprio naquelas alturas, o “Pipas” num gostava de confrontos). O Homem esteve sem falar comigo alguns trezentos anos, trezentos não foi, mas tenho pena.
O sacrificado era o “Cabeça de Vaca” porque a “Menina” era, dos olhos de ouro, agora ele, era de estúpido para cima, depois dizia-lhe “junte-se aos vencedores e nunca aos vencidos” ainda pensei que fosse algum concurso da natação, mas depois é que me lembrei da “alergia” que ele tinha á água. Como podem constatar, reinava o caos e a anarquia naquele departamento. Depois dos convites ainda foi pior (convites de trabalho para outros meios), começou a trabalhar muitos menos, ou seja nada!
E por tudo isto Maria, deixou a rádio e retornou à padaria.