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Coninhas

Ser Coninhas é um Direito!

Coninhas

Ser Coninhas é um Direito!

ENTÃO? ESTAMOS EM PORTUGAL!!!

Quando se pode ouvir um responsável dizer que se deve a criminalidade a vivermos em democracia;
Quando se ouve o mesmo responsável dizer que a economia nacional deve ser avaliada pel quantidade de telemóveis vendidos;
Quando se ouvem outros responsáveis dizer que estamos de tanga e de seguida abala para longe;
Quando se ouve e vê que se gastam milhões em obras sem nexo, faraónicas, estando o país cada vez mais de rastos do ponto de vista económico;
Quando todos os responsáveis afirmam que se vive uma grave crise e se traçam estratégias dignas de quem vive à larga e abastadamente;
Quando se planeia a construção de um novo aeroporto para a capital, uma nova ponte sobre o tejo e a construção do famigerado TGV e outras;
Que deverão pensar os dignos representantes do povo, essa plebe mal amada pelos tais responsáveis?
Afinal, vive-se uma crise ou não?
Devemos manter intactos os direitos a uma vida melhor de seres humanos que somos?
Deveremos ter direito a um automóvel ou devemos deslocar-nos de combóio, de bicicleta, sobre patins, em linha ou não, devemos aplaudir o que dizem esses responsáveis?
Penso que não.
Penso mesmo que devemos todos aprender a dizer NÃO! e BASTA, de tanto gozo.
Feitas bem as contas e tendo em conta a conjuntura, vivemos num mundo liberalizado, globalizado, mas com salários indignos. E não abro excepção alguma, porque é a triste realidade.
Porque esses mesmos responsáveis não auferem salários ou vencimentos. Auferem tudo quanto lhes dá na real gana e nada de dar satisfações à malta.
Os preços sobem? Malvada conjuntura. Mas não descem até ao ponto em que se encontravam antes do tremendo pontapé desferido pela tal conjuntura económica ou europeia ou mundial.O engraçado no meio de tudo isto, é que noutros países europeus - bastando ver na vizinha Espanha - os preços ficam muito aquém dos entre nós praticados. E lá também ganham as gasolineiras e os comerciantes, só que o governo limita os seus impostos, não sobrecarregando a população como por cá se faz.
Alguns, mais "moderados", dirão: "sempre assim foi!". Pois foi, mas não devia ser. Soubemos pugnar pela nossa emancipação, conseguida a 25 de Abril de 1974. Mas logo a desprezamos e entregamos nas mãos de quem não merecia o gesto.
E hoje, muitos que andaram em manifestações e em comícios, que iam bater palmas e aplaudir os bem-falantes mentirosos, dizem-se arrependidos e desiludidos, porque lhes entram constantemente na carteira semi-vazia. Pela simples razão de que abarbatam tudo para eles, deixando-nos apenas migalhas, quando as não rapam...
Será demasiado pedir que se abram os olhos até às orelhas???